Filosofia para crianças
O ensino de qualidade exige projetos inovadores...
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SABER, FAZER E SER
FILOSOFIA PARA CRIANÇAS
Pensa, pensar bem e pensar por nós mesmos
Aprender a pensar, criar, sentir e viver
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APOIADO PELO MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
1.1. UNESCO: A IMPORTÂNCIA DA FILOSOFIA PARA CRIANÇAS
“Se mais crianças estão a aprender filosofia no início deste século XXI, é porque há mais pessoas que trabalham com crianças que estão a criar as condições para transformar os lugares onde interagem com elas (e.g. salas de aula) em comunidades filosóficas de investigação. Atraídos talvez pela inovação desta abordagem, intrigados com as mudanças que a mesma sugere, ou talvez porque duvidam da eficácia dos métodos tradicionais utilizados no mundo da educação, tais pessoas estão a comprometer-se com a prática da FILOSOFIA PARA CRIANÇAS, já que desejam encontrar uma nova, mais coerente e apropriada, solução para a questão perene que nos pressiona, cada vez mais firmemente, à medida que a História avança: como devemos educar aqueles que se tornarão os adultos de amanhã?”
“[A FILOSOFIA PARA CRIANÇAS] é uma abordagem que parece preencher uma lacuna notável na educação contemporânea, a qual, embora reconhecendo cada vez mais a importância de estimular o desenvolvimento intelectual e moral das crianças a partir de uma idade muito jovem, nem sempre tem os meios para atingir o máximo que poderia nesta área.”
“O impacto da filosofia nas crianças pode não ser imediatamente apreciado, mas o impacto sobre os adultos de amanhã pode ser tão considerável que certamente nos faz perguntar por que razão a filosofia tem até agora sido marginalizada ou recusada às crianças.”
“Os níveis pré-escolar e primário de educação são determinantes porque são os anos em que os hábitos de pensamento crítico e criativo são incutidos nas crianças.”
“[A análise aqui apresentada] é baseada na presunção de que é possível aprender a filosofar a partir de uma idade muito jovem, e que esta é, de facto, fortemente desejável por razões filosóficas, políticas, éticas e educacionais.”
“[A prática do programa FILOSOFIA PARA CRIANÇAS] em todo o mundo mostra o grande progresso que tem sido feito em muitos países no que diz respeito à introdução da filosofia no ensino para crianças dos três aos doze anos de idade.”
(Tradução de excertos do documento publicado pela UNESCO, Philosophy, a School of Freedom, 2007.)
“Se mais crianças estão a aprender filosofia no início deste século XXI, é porque há mais pessoas que trabalham com crianças que estão a criar as condições para transformar os lugares onde interagem com elas (e.g. salas de aula) em comunidades filosóficas de investigação. Atraídos talvez pela inovação desta abordagem, intrigados com as mudanças que a mesma sugere, ou talvez porque duvidam da eficácia dos métodos tradicionais utilizados no mundo da educação, tais pessoas estão a comprometer-se com a prática da FILOSOFIA PARA CRIANÇAS, já que desejam encontrar uma nova, mais coerente e apropriada, solução para a questão perene que nos pressiona, cada vez mais firmemente, à medida que a História avança: como devemos educar aqueles que se tornarão os adultos de amanhã?”
“[A FILOSOFIA PARA CRIANÇAS] é uma abordagem que parece preencher uma lacuna notável na educação contemporânea, a qual, embora reconhecendo cada vez mais a importância de estimular o desenvolvimento intelectual e moral das crianças a partir de uma idade muito jovem, nem sempre tem os meios para atingir o máximo que poderia nesta área.”
“O impacto da filosofia nas crianças pode não ser imediatamente apreciado, mas o impacto sobre os adultos de amanhã pode ser tão considerável que certamente nos faz perguntar por que razão a filosofia tem até agora sido marginalizada ou recusada às crianças.”
“Os níveis pré-escolar e primário de educação são determinantes porque são os anos em que os hábitos de pensamento crítico e criativo são incutidos nas crianças.”
“[A análise aqui apresentada] é baseada na presunção de que é possível aprender a filosofar a partir de uma idade muito jovem, e que esta é, de facto, fortemente desejável por razões filosóficas, políticas, éticas e educacionais.”
“[A prática do programa FILOSOFIA PARA CRIANÇAS] em todo o mundo mostra o grande progresso que tem sido feito em muitos países no que diz respeito à introdução da filosofia no ensino para crianças dos três aos doze anos de idade.”
(Tradução de excertos do documento publicado pela UNESCO, Philosophy, a School of Freedom, 2007.)
1.2. DALAI LAMA: A IMPORTÂNCIA DO DIÁLOGO
E DA ARGUMENTAÇÃO
“Se forem professores, façam o esforço de não só transmitirem um saber, mas também de despertarem o espírito dos vossos alunos para as suas qualidades humanas fundamentais, tais como a bondade, a compaixão, a capacidade de perdoar ou o espírito de bom entendimento. (...) Mostrem-lhes que essas qualidades são pura e simplesmente indispensáveis à felicidade e à sobrevivência deste mundo.
Ensinem os vossos alunos a dialogar, a resolver todos os conflitos de uma maneira não-violenta; a interessar-se, assim que surge um desacordo, pela maneira como o outro pensa. Devem ensiná-los a não olharem para as coisas com vistas curtas; a não pensarem unicamente neles, na sua comunidade, no seu país, na sua raça; a tomarem consciência que todos os seres têm os mesmos direitos e as mesmas necessidades.”
(Excerto do livro de Dalai Lama, Conselhos do Coração.)
E DA ARGUMENTAÇÃO
“Se forem professores, façam o esforço de não só transmitirem um saber, mas também de despertarem o espírito dos vossos alunos para as suas qualidades humanas fundamentais, tais como a bondade, a compaixão, a capacidade de perdoar ou o espírito de bom entendimento. (...) Mostrem-lhes que essas qualidades são pura e simplesmente indispensáveis à felicidade e à sobrevivência deste mundo.
Ensinem os vossos alunos a dialogar, a resolver todos os conflitos de uma maneira não-violenta; a interessar-se, assim que surge um desacordo, pela maneira como o outro pensa. Devem ensiná-los a não olharem para as coisas com vistas curtas; a não pensarem unicamente neles, na sua comunidade, no seu país, na sua raça; a tomarem consciência que todos os seres têm os mesmos direitos e as mesmas necessidades.”
(Excerto do livro de Dalai Lama, Conselhos do Coração.)
2. APRESENTAÇÃO DO PROJETO FILOSOFIA PARA CRIANÇAS
Matthew Lipman (1922-2010) foi um filósofo americano, reconhecido como o fundador da FILOSOFIA PARA CRIANÇAS.
Lipman percebeu que as crianças, desde muito cedo, apresentam uma disposição natural para o espanto, o questionamento filosófico e a abstração. Capacidades que devem ser estimuladas e desenvolvidas, a fim de ajudar as crianças a crescer para a autonomia, a criatividade e o raciocínio crítico.
Daí a importância da Filosofia, já que é um precioso recurso para ajudar as crianças a tornarem-se intelectualmente mais ativas, curiosas, críticas e criativas. De facto, a Filosofia promove o questionamento, a abertura de espírito, a conceptualização, a clareza na linguagem, a precisão no pensamento e a argumentação. Além disso, a Filosofia, na sua vertente mais socrática, fomenta a prática do diálogo (o confronto de ideias: refutando e sendo refutado), pois vê neste o meio mais adequado para desenvolver o autoconhecimento, o respeito pelo outro e a construção de ideias lógicas e plausíveis.
Portanto, a FILOSOFIA PARA CRIANÇAS é um programa pedagógico que visa desenvolver o raciocínio criativo e argumentativo, e sua comunicação, através do diálogo filosófico estabelecido por comunidades de investigação, isto é, por grupos de alunos que, acompanhados pelo professor, procuram analisar e discutir os vários problemas a que decidiram dar resposta, aprendendo a pensar por si mesmos através da reflexão conjunta.
Ou seja: uma FILOSOFIA PARA CRIANÇAS, que não é senão uma FILOSOFIA COM CRIANÇAS, ou melhor, que não é mais do que a FILOSOFIA DAS CRIANÇAS!
Matthew Lipman (1922-2010) foi um filósofo americano, reconhecido como o fundador da FILOSOFIA PARA CRIANÇAS.
Lipman percebeu que as crianças, desde muito cedo, apresentam uma disposição natural para o espanto, o questionamento filosófico e a abstração. Capacidades que devem ser estimuladas e desenvolvidas, a fim de ajudar as crianças a crescer para a autonomia, a criatividade e o raciocínio crítico.
Daí a importância da Filosofia, já que é um precioso recurso para ajudar as crianças a tornarem-se intelectualmente mais ativas, curiosas, críticas e criativas. De facto, a Filosofia promove o questionamento, a abertura de espírito, a conceptualização, a clareza na linguagem, a precisão no pensamento e a argumentação. Além disso, a Filosofia, na sua vertente mais socrática, fomenta a prática do diálogo (o confronto de ideias: refutando e sendo refutado), pois vê neste o meio mais adequado para desenvolver o autoconhecimento, o respeito pelo outro e a construção de ideias lógicas e plausíveis.
Portanto, a FILOSOFIA PARA CRIANÇAS é um programa pedagógico que visa desenvolver o raciocínio criativo e argumentativo, e sua comunicação, através do diálogo filosófico estabelecido por comunidades de investigação, isto é, por grupos de alunos que, acompanhados pelo professor, procuram analisar e discutir os vários problemas a que decidiram dar resposta, aprendendo a pensar por si mesmos através da reflexão conjunta.
Ou seja: uma FILOSOFIA PARA CRIANÇAS, que não é senão uma FILOSOFIA COM CRIANÇAS, ou melhor, que não é mais do que a FILOSOFIA DAS CRIANÇAS!
3. OBJETIVOS GERAIS DO PROJETO FILOSOFIA PARA CRIANÇAS
. Incentivar a curiosidade, o espanto e o questionamento;
. Aprender a pensar - de modo pessoal, crítico e criativo - através do diálogo com os outros;
. Desenvolver a comunicação e a capacidade de escutar o outro;
. Desenvolver o raciocínio conceptual e argumentativo;
. Estimular a tomada de posição;
. Promover a autodeterminação e a autoconfiança;
. Promover o respeito pela diferença e pelo pluralismo;
. Fomentar a capacidade de estabelecer consensos, alcançando posições razoáveis e plausíveis aceites por todos;
. Fomentar a consciência emocional e social;
. Incentivar a transferência das várias competências acima enunciadas para diferentes áreas: escolar, familiar e social.
. Incentivar a curiosidade, o espanto e o questionamento;
. Aprender a pensar - de modo pessoal, crítico e criativo - através do diálogo com os outros;
. Desenvolver a comunicação e a capacidade de escutar o outro;
. Desenvolver o raciocínio conceptual e argumentativo;
. Estimular a tomada de posição;
. Promover a autodeterminação e a autoconfiança;
. Promover o respeito pela diferença e pelo pluralismo;
. Fomentar a capacidade de estabelecer consensos, alcançando posições razoáveis e plausíveis aceites por todos;
. Fomentar a consciência emocional e social;
. Incentivar a transferência das várias competências acima enunciadas para diferentes áreas: escolar, familiar e social.